Atualmente, mais da metade dos cidadãos brasileiros está empregada informalmente, ou seja, sem registro em carteira. Esse dado, proveniente do IBGE, ressalta a importância crescente de considerar opções de investimento para aposentadoria, além da tradicional previdência privada.
Diante da ampla gama de produtos financeiros disponíveis, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) surgem como uma alternativa atrativa para os trabalhadores informais.
Uma pesquisa qualitativa recente realizada pela Anbima, intitulada “Como você investe o seu dinheiro?”, revelou que esses trabalhadores reconhecem a necessidade de planejar sua própria aposentadoria. Segundo Eliane Teixeira dos Santos, economista da Cy Capital, os FIIs têm o potencial de integrar uma carteira de investimentos focada nesse objetivo, ao materializar a cultura de investimentos em imóveis e proporcionar uma fonte de renda recorrente por meio de proventos e distribuição de lucros.
Benefício fiscal
De acordo com a especialista, os investidores se beneficiam da isenção tributária presente nos fundos imobiliários. Enquanto quem investe diretamente em imóveis precisa arcar com o Imposto de Renda sobre os aluguéis, aqueles que investem em FIIs estão isentos do IR sobre os rendimentos provenientes de dividendos.
Patrimônio líquido entre investimentos para aposentadoria
Em setembro de 2023, o Patrimônio Líquido (PL) dos fundos de previdência representava 90% do valor de 2019 em termos reais, segundo dados. Por outro lado, os fundos imobiliários apresentaram taxas de crescimento positivas. Apesar de representarem apenas 20% do PL dos fundos de previdência, os FIIs estão ganhando relevância no mercado de capitais, conforme destaca um relatório da Cy Capital.
O que são os fundos imobiliários?
Os fundos imobiliários agregam ativos como imóveis residenciais, comerciais, logísticos, prontos ou em construção, e investimentos em ativos financeiros ligados a imóveis, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Essa modalidade permite que investidores com capital limitado tenham acesso a uma carteira diversificada de imóveis, gerenciada por profissionais qualificados para garantir uma gestão eficiente e transparente.
Para começar o investimento em FIIs visando a aposentadoria, é necessário adquirir cotas na bolsa de valores e se tornar um cotista, obtendo uma parcela de propriedade dos imóveis. Nesse sentido, Renan Diego, especialista em finanças pessoais, ressalta que os investidores recebem dividendos sem se preocupar com a administração dos imóveis, uma vez que essa responsabilidade cabe aos gestores.
O que considerar ao investir em FIIs para aposentadoria
Ao investir em FIIs para a aposentadoria, a diversificação da carteira é crucial, selecionando fundos que abrangem diferentes tipos de imóveis para reduzir os riscos inerentes ao investimento. Além da análise dos rendimentos mensais, é essencial verificar a taxa de vacância (imóveis desocupados) e a vacância financeira (inquilinos inadimplentes).
Renda que varia
Embora os fundos imobiliários sejam parte da renda variável, os investidores estão percebendo a importância de uma abordagem de longo prazo para lidar com a volatilidade dos ativos. Mais do que a valorização das ações ou fundos imobiliários, o foco está nos dividendos gerados, proporcionando estabilidade e consistência ao investimento.
Tipos de FIIs mais indicados para aposentadoria
Os FIIs de papel e de tijolo se destacam como opções atraentes para a aposentadoria, permitindo que os investidores aproveitem os diferentes ciclos econômicos. Enquanto os fundos de papel são ideais para momentos de alta de taxas de juros e inflação, os fundos de tijolo distribuem mais dividendos em períodos de bom desempenho econômico. A escolha entre essas modalidades deve levar em consideração o perfil de risco de cada investidor.
No entanto, é importante ressaltar que as informações apresentadas não constituem uma recomendação de investimento e cada investidor deve avaliar as opções disponíveis de acordo com seu perfil e objetivos financeiros.
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