Familiares das vítimas de acidente aéreo em Vinhedo começam a receber seguro obrigatório
Os parentes das 62 vítimas do trágico acidente do voo 2283 da Voepass em Vinhedo (SP) já estão recebendo o seguro obrigatório conhecido como Reta (Responsabilidade do Explorador e Transportador Aéreo). De acordo com informações do UOL, cada família está sendo indenizada com o valor de R$ 103 mil.
Até o momento, cinco famílias já foram beneficiadas com o seguro, semelhante ao DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), enquanto outras 36 famílias já apresentaram a documentação necessária e aguardam o pagamento. Recentemente, os familiares das vítimas do voo 2283 se reuniram com representantes da empresa aérea em Cascavel (PR).
É importante ressaltar que o recebimento do seguro Reta não prejudica o direito de possíveis indenizações futuras por “responsabilidade” como danos morais e materiais. Segundo o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica, todas as companhias aéreas que operam no território nacional devem manter esse seguro, independente de culpa no acidente.
O cálculo do valor do seguro é determinado pela apólice do contrato entre a companhia aérea e a seguradora. Para iniciar o processo de indenização, o transportador aéreo precisa informar a seguradora contratada, permitindo assim que as vítimas e seus familiares iniciem os procedimentos necessários.
Além disso, os familiares das vítimas também estão recebendo os pertences que estavam no Instituto de Criminalística de São Paulo. Entre esses pertences estão escovas de cabelo, documentos pessoais, fotos, exames médicos e odontológicos. A entrega foi realizada em um encontro privado em um hotel na região do Lago de Cascavel.
O voo decolou de Cascavel (PR) com destino a São Paulo e tinha programado aterrissagem às 13h45. Infelizmente, o avião, um modelo ATR 72 da Voepass Linhas Aéreas, com 58 passageiros e 4 tripulantes, acabou se acidentando e resultando na trágica perda de todas as vidas a bordo.
As investigações sobre o acidente estão em andamento, com a Polícia Federal de Campinas liderando as apurações. A suspeita inicial de acúmulo de gelo na fuselagem ainda não foi confirmada nem descartada pelos investigadores, que esperam apresentar um relatório preliminar com dados factuais dentro de 30 dias. A Voepass reconhece a possibilidade do acúmulo de gelo, porém ressalta que o sistema de degelo estava em funcionamento normal no momento do acidente.
Em um momento de tamanha dor e incerteza, a prioridade é garantir um apoio e suporte adequados às famílias das vítimas, além de buscar respostas claras e precisas para entender as circunstâncias que levaram a essa tragédia. A investigação segue em curso para esclarecer todos os detalhes e garantir justiça para as vítimas e seus entes queridos.
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